Versos Curtos de Clarice Lispector

"Entre sombras e clarões, descubro a voz breve que me habita: versos curtos, como respirações lentas, trazendo a verdade que cabe no peito."

"Meu poema cabe no sonho como vela acesa: breve, cintilante, revela o que não cabe em falar alto, e me ensina a ouvir a minha essência."

"Os minutos me falam baixinho: sou menos o que mostro e mais o que percebo quando a memória sorri, simples, direta, como um raio discreto."

"Quando o mundo fecha as cortinas, eu abro a janela da alma: versos curtos que cintilam, mostrando que o peito sabe girar sem perder o rumo."

"Cada verso é uma respiração breve que atravessa a pele, revelando coragem simples de existir, sem ruídos, apenas a claridade que cabe no peito."

"Leio o vazio com olhos de criança, e encontro em cada linha uma porta que se abre para o mundo inteiro, sem medo, apenas curiosidade."

"Meu coração escreve antes de mim; cada verso curto revela o que a pressa ocultou, e a leveza volta a morar onde antes era segredo."

"Entre páginas invisíveis, descubro que ser é ato de escuta: o mundo responde quando o silêncio se dispõe a ouvir o que não se mostra."

"Pequenos gestos constroem grandes praias interiores: um sorriso, uma pausa, um olhar que se entende sem palavras, e o coração agradece em silêncio."

"Verter a alma em sílabas mínimas é meu exercício: cada verso curto é um abraço que cabe na palma, suave, firme, acolhedor e verdadeiro."

"À sombra da dúvida, o breve verso revela coragem: não grandiosidade, mas a escolha de respirar fundo e confiar no que parece simples."

"Cada manhã, a claridade chega devagar, como alguém que estende a mão: meus versos curtos pegam a luz e me conduzem pela via do sentir."

"Quem sou eu quando a luz me encontra? Respondo com um verso curto que aquece o peito e diz que ainda há mil hinos por ouvir, caminhando comigo."

"Os pequenos signos do dia trazem tônus suave: um brilho, um suspiro, uma resposta simples que faz o coração confessar que a vida cabe no instante."

"Seja a noite ou o dia, meu poema respira: vespertinos brilhos surgem quando tenho coragem de ouvir o que bate invisível dentro de mim."

"Não busco aplausos; meus versos curtos são lanterna na mão da solidão, guiando passos simples rumo à alegria que habita quem sou."

"Silenciar o tumulto externo é obra de arte simples: o meu verso curto se oferece como abrigo, onde encontro meu próprio ritmo e descanso."

"Baixo o ruído das pressas, deixo que a coragem faça morada nas linhas: o menor verso tem o poder de iluminar quem lê com o coração."

"Na dobra do tempo, o breve verso encontra-se com o infinito sem pressa: cabem mundos em uma frase, basta sentir o que pulsa entre as palavras."

"Sou feito de vazios que se enchem de luz quando o leitor me lê: versos curtos, simples, abrem janelas para o humano que mora em cada um."