Poema Nordestino

"Na vereda do sertão, o sol desenha fogo nas paredes de barro enquanto a sanfona canta histórias de coragem, fome vencida pela fé."

"Do polo da feira ao recanto do mar, o Nordeste respira versos que aquecem a alma, entre queijo coalho, riso aberto e lua que guia barcos."

"Entre cactos e vento, a gente semeia alegria na distância entre o rosto da praça e a fogueira, encontrando paz no sagrado suor do trabalho."

"Quando a chuva chega miúda sobre o sertão, o rio vira espelho e cada criança aprende a ouvir poesia nos passos quentes da chuva serena."

"Entre jangadas e coqueiros, o povo aprende a partilhar o pão com o vento, recebendo a maresia como afeto que transforma cada dia em festa."

"Risos brilham nas feições do povo nordestino quando a feira da cidade abre portas ao luar, transformando poeira em história que não se apaga."

"Meu acorde de sanfona carrega cheiro de caju, de peixe assado, de riso aberto, levando o amanhecer para dentro do peito de quem sonha."

"Nas veredas da caatinga, a lua acende as paredes de casa e a gente encontra a poesia nos gestos simples de cada morador, que conversa com o vento."

"Entre marés de coqueiros, os pescadores sonham com barcos de sonho e acordes de viola que acolhem quem chega cansado da viagem longa."

"Na praça, crianças calcando o chão de areia desenham cidades de barro com dedos velozes, enquanto avós contam estórias que atravessam o tempo."

"O vento que varre as dunas traz o cheiro de mel e de terra molhada, lembrando que a resistência do povo é raiz que nunca seca, sempre."

"Quando o forró invade o quintal, as mulheres giram saias coloridas, e o chão vibra como tambor, celebrando a vida que cabe na palma da mão."

"Nos moinhos do interior, o trigo canta ao vento e cada grão parece promessa de prosperidade que cresce sob o olho firme da manhã."

"Cartas enviadas pelo sertão chegam como pombas de paz, levando notícias de chuva boa, de gente que acredita no amanhã e no beijo do céu."

"Tenho saudade do luar que banha o coqueiral, mas também a esperança que chega com a chuva nos olhos cansados de quem não desiste. Jamais."

"Os ferradores da cidade martelam o tempo, e o barulho ricocheta nas paredes de cal, abrindo espaço para que a alegria floresça em todo lugar."

"Quando o sol se deita, a rima cai do céu como chuva suave, e o sertanejo sorri porque sabe que o dia de amanhã já começou hoje, com feiras e abraços ao redor."

"Na cadência do forró, as cores do pôr do sol queimam o horizonte, e a cidade dança com as redes de pesca balançando ao som do mar."

"Rostos de barro, olhos de sal e riso fácil se encontram na rua estreita, onde o abraço do Nordeste cura feridas com fé simples todos os dias."

"Que estas frases formem um mapa do Nordeste que respira, trabalha e ri, para que cada leitor leve no peito a esperança de uma vida mais bonita."