Histórias Tristes

"Na casa vazia, uma vela tremia ao ritmo de uma carta não enviada, lembrança que insistia em ficar mesmo quando o tempo tentava apagar tudo."

"As ruas desertas guardavam sussurros de promessas que caíram no esquecimento, enquanto o rosto de quem partiu ainda buscava um retorno improvável."

"Chovia lembranças na janela, cada gota parecia um lembrete de que a felicidade foi um mapa que nunca chegou ao destino, deixando a saudade acesa."

"Quando a sirene se calou, a casa ganhou silêncio que doía, e a lembrança do que foi perdido dançava nas sombras sem pedir licença agora."

"No hospital da memória, as fotos desbotadas contavam histórias que não tinham fim, abrindo-se aos poucos e devolvendo uma fé tímida também."

"O livro esquecido na mesa colecionava sílabas de adeus, cada página parecia respirar luto suave, ensinando que seguir em frente exige uma coragem delicada."

"Entre as lembranças, uma boneca murcha testemunha que o tempo não cura tudo, apenas aprende a guardar o silêncio como segredo compartilhado."

"As crianças brincavam na praça, mas eu via alguém invisível sorrindo por trás das árvores, lembrando que a alegria pode existir mesmo na ausência."

"Ao olhar o meu retrato ausente, senti a distância crescer entre o riso de ontem e o choro de hoje, uma linha que não se desfaz agora."

"A noite derramava chuva sobre a cidade e o quarto lembrava de uma presença que não retorna, enquanto o cheiro de café frio insistia em manter a memória viva."

"A escola vazia desenhou na lousa a palavra saudade, tinta que não seca, e cada risada ficou gravada no corredor como eco de um tempo perdido."

"Na praça, crianças brincavam na distância, e eu aprendi que a alegria não some, apenas se desloca para o canto seguro onde a dor cabe devagar."

"Quando a chuva cessou, o telhado ainda sussurrava histórias de quem ficou para trás, ensinando que o amor é um abrigo que não se fecha facilmente."

"O astro mais brilhante da noite parecia piscar para lembrar que a estrela de alguém ainda brilha, mesmo quando o mundo parece desabar."

"A carta sem endereço encontrava o destino no fundo do bolso, onde o que ficou guardava promessas que não puderam ser entregues ao destinatário."

"O rádio antigo falava baixinho a mesma canção triste, e cada nota lembrava que a perda pode ser bela, pois a memória transforma dor em poesia."

"No caderno gasto, uma assinatura desbotada prometia cuidar dos sonhos, embora o autor tivesse mudado de rumo sem aviso, deixando lacunas entre hoje e amanhã."

"A janela aberta deixava entrar o frio da noite e com ele um silêncio que abraçava a sala, transformando os passos em memórias queridas."

"O relógio marcava sempre o mesmo minuto, como se o tempo resistisse a seguir, mantendo vivo o peso de uma despedida que parece não ter fim."

"Mesmo na sombra da dor, alguém encontrou uma pequena luz para seguir, provando que histórias tristes também podem ensinar a continuar a sorrir."